- 12 de maio de 2022
- Posted by: Adriana Básica Comunicação
- Categories: Atualidades, Carreira, Eventos
Detalhes da elaboração do e-book “Passo a passo para levar o tema equidade de gênero à liderança executiva da organização” foram apresentados no Bom Dia RH, promovido pela ABRH-PR, em maio, no Hotel Bourbon, em Curitiba.
O presidente Gilmar de Andrade, ao dar as boas-vindas a todos os presentes, destacou que o evento é uma continuidade da gestão anterior. “Trata-se de um projeto muito importante para a ABRH-PR”. O evento também teve a presença da vice-presidente da entidade, Charmoniks Heuer, e do vice-presidente financeiro, Ricardo Nanami, além dos voluntários, associados e convidados.
O e-book é resultado de uma pesquisa realizada ABRH-PR e Great Place To Work (GPTW), em 134 empresas paranaenses, ao longo do ano passado. “Queríamos sair da intenção e partir para ação”, afirmaram as coordenadoras do projeto Claudia Malschitzky, diretora na Regional Paraná do GPTW, e Andréa Gauté, diretora da ABRH Brasil, ao fazerem um recorte de como tudo começou. Participaram também da construção do e-book Ana Miretzki e Marcela Chamano (Aker Solutions), Erica Paes (Multiloja), Samantha Franco (Exxonmobile) e Tashi de Faveri (Junto Seguros).
As coordenadoras lembraram-se da pesquisa para mapear os talentos femininos nas grandes companhias e para saber quantas mulheres ocupam cargos de liderança nas organizações paranaenses. Ao constatarem que apenas 20% das empresas têm programa formal de desenvolvimento feminino; 14% estão desenvolvendo, mas a maioria, 60%, não dispõe de programas específicos, ambas decidiram elaborar uma “cartilha” para contribuir para que lideranças introduzissem o tema equidade de gênero na pauta do planejamento estratégico.
Elas constataram que as empresas querem trabalhar a equidade de gênero, mas não têm ideia de como trazer o tema para dentro das organizações. “Foi a partir desse ponto que nasceu nosso grupo e começamos a construir um passo a passo para ajudar as companhias a implantar uma política de equidade de gênero efetiva e aliada a uma estratégia de negócios”, relataram.
O e-book
Segundo Claudia, o e-book traz seis etapas modulares e dicas para ajudar as empresas a organizar um plano de ação: mapeamento, sensibilização, grupo de afinidade, comunicação e definição de métricas e acompanhamento de resultados. “As sugestões foram organizadas de uma maneira independente e que podem ser customizadas conforme o cenário interno de cada organização”.
Ana Miretzki e Marcela Chamano asseguram que a fase do mapeamento é uma das mais importantes para a definição de ações. “É preciso verificar qual o cenário das mulheres dentro da empresa e a partir desse entendimento, construir um mapa empático para se conhecer os sonhos, as dores, as dificuldades. Ouvir as pessoas é fundamental”.
A etapa da sensibilização foi apresentada por Tashi. “A equidade de gênero deve ser abordada de uma forma amigável, organizada para conscientizar e sensibilizar as pessoas sobre a importância do tema e também a mudar de atitude. Tudo de uma maneira sincronizada para que a questão seja incorporada à cultura organizacional”.
Para estruturar grupos de afinidade (terceira fase do passo a passo) devem ser levados em consideração o resultado do mapeamento e a estratégia organizacional, afirmou Samantha. De acordo com ela, para que o trabalho flua de forma tranquila e organizada é necessário estruturar um conjunto de regras, boas práticas e políticas específicas. “O mais importante é tornar o grupo visível à empresa e mostrar que esse é um tema de todos e não somente das mulheres”.
O e-book sugere a estruturação de um plano de comunicação para apoiar todos os passos e iniciativas propostas, que devem ser estratégicas e constantes. Claudia afirma que para que os executivos apoiem esse desafio, a comunicação não pode ser tratada de forma pontual e, sim, estratégica e contínua. “Ela é um grande reforço nessa jornada”.
Elencar quais são os indicadores e informações disponíveis na empresa para mensurar e apresentar os resultados qualitativos e qualitativos é fundamental, destacou Claudia, ao comentar a fase definição de métricas. “Comece de forma simples, usando os seus dados internos, mesmo com poucas fontes de informação. Ao longo da jornada irá encontrar outros e possivelmente criar mais indicadores de acordo com a necessidade e interesse de sua organização”.
E, acima de tudo, é preciso acompanhar os resultados. “Entender os dados podem ser trabalhados e apresentados para toda a empresa para gerar notoriedade para as mudanças e inciativas”, completou Andrea. “Faça benchmarking com empresas que tenham casos de sucesso e estratégicos, com resultados visíveis e sustentáveis”.
Para Erica Paes é um desafio discutir o tema equidade de gênero. “Mas foi um aprendizado. Vejo o e-book como um ponto de partida para o sucesso enorme da empresa e também como uma forma de honrar as mulheres de nossa família, de nossas ancestrais, que lutaram muito para serem vistas, valorizadas. Vamos trabalhar as gerações atuais e as futuras para mudarmos esse cenário, vamos unir valores e ter uma visão estratégica diferente, é simplesmente um trazer mais”.
O e-book está disponível para download no link: https://produtos.abrh-pr.org.br/equidade-de-genero.