- 25 de setembro de 2024
- Por: Adriana Básica Comunicação
- Categorias: Atualidades, Cursos, Eventos, Gestão
Evento trouxe os resultados do Programa de Mentorias da ExxonMobil e Mulheres que Investem da Sicredi Dexis
O Grupo de Aprendizado e Conexão – Diversidade e Inclusão, da ABRH-PR, realizou na noite de 24/09 a live “Mulheres em setores tradicionalmente masculinos: lições da ExxonMobil e Sicredi Dexis”.
Aberto pela coordenadora do grupo, Claudia Malschitzky, o encontro trouxe à tona iniciativas voltadas para a inclusão de mulheres, além de dados impressionantes e aprendizados valiosos. Os cases foram apresentados por Samantha Leite Franco e Débora Nascimento, da ExxonMobil, e Julio Trindade, da Sicredi Dexis. Eles foram convidados a participar pelas integrantes do Comitê de Diversidade e Inclusão, Aline Gozzo e Valéria Tavares.
As lições compartilhadas pelas duas empresas revelaram o crescente engajamento feminino como uma força transformadora, capaz de redefinir a cultura organizacional e impulsionar a inclusão de mulheres em setores historicamente dominados por homens, como tecnologia e finanças.
Impacto positivo
Débora Nascimento, que lidera iniciativas de apoio às mulheres na indústria de tecnologia e é presidente do programa Women’s Interest Network (WIN) Brasil, explicou que a missão do projeto, que completa 15 anos, é facilitar o avanço profissional e o crescimento pessoal de todas as mulheres na ExxonMobil. “Estamos debutando, virando adolescentes”, brincou. “A iniciativa tem impactado de forma muito positiva a vida das mulheres na empresa.”
O WIN promove programas de mentoria, apoia as famílias e realiza ações para reter talentos femininos nas áreas de tecnologia, ciência e engenharia. Para Débora, está sendo criada uma rede de conexões para impactar ainda mais as mulheres e suas famílias.
Samantha Franco, que trabalha há 30 anos em Recursos Humanos na ExxonMobil, detalhou o Programa de Mentoria criado para ajudar as mulheres a se sentirem valorizadas, alcançar seu pleno potencial e maximizar seu impacto nos resultados da empresa em todas as etapas de suas carreiras.
Ela explicou que, inicialmente, eram promovidas palestras educativas sobre questões de gênero, linguagem corporal e comunicação assertiva. No entanto, sentiram a necessidade de algo mais voltado ao desenvolvimento de mulheres na empresa, o que levou à criação de um programa estruturado de mentoria em 2019. “Decidimos criar um programa que despertasse o protagonismo feminino”, destacou.
Entre os avanços, Samantha mencionou o engajamento de homens no programa e o crescimento orgânico, com mentoradas tornando-se mentoras. Em 2024, foi criado o workshop “Butterfly in Brazil”, inspirado nos conceitos de Sabotadores e nos trabalhos de Brené Brown.
Samantha destacou o impacto da iniciativa: “Hoje temos mulheres em todos os níveis da empresa, o que gera um ambiente seguro. É um legado que deixo na organização, e meu propósito é compartilhar e inspirar outros a aprender com nossas experiências.”
Transformação
Júlio Trindade trouxe um panorama diferente. “Brinco que a diversidade na Sicredi Dexis é trazer o público masculino, já que 63% do nosso quadro é composto por mulheres; 54% da liderança é feminina; 40% integram o Conselho de Administração e 75% o Conselho Fiscal. Temos 160 mulheres no Comitê Mulher e 113 coordenadoras de núcleo”, relatou.
As participantes do programa “Mulheres que Investem”, antes de ingressarem no projeto, passam por uma jornada de dois anos, onde aprendem sobre o cooperativismo, gestão financeira e desenvolvem habilidades de liderança e empreendedorismo.
“No segundo ano, elas recebem mentoria de profissionais experientes, o que lhes permite construir uma vida mais sustentável e experimentar projetos de impacto”, explicou Júlio. “Dentro do programa, participam de trilhas de conteúdo sobre educação financeira, indicadores econômicos, renda fixa e variável, fundos de investimento e previdência privada.”
Júlio destacou que o programa conta atualmente com a participação de 100 colaboradoras e enfatizou a importância da certificação Great Place to Work (GPTW) como reconhecimento do impacto positivo do programa. Segundo ele, um dado relevante da pesquisa GPTW é que 98% dos colaboradores acreditam que as pessoas são bem tratadas, independentemente de seu gênero. “Esse indicador é extremamente relevante, pois demonstra que há espaço para todos e que as pessoas são tratadas com dignidade.”
Ao concluir sua apresentação, Júlio reforçou a importância do papel dos gestores de RH em ajudar as pessoas a se desenvolverem. “Precisamos desconstruir narrativas que sustentam comportamentos antigos e explorar novos caminhos com uma consciência coletiva”, finalizou.
Texto: Básica Comunicações