- 10 de dezembro de 2020
- Posted by: Adriana Básica Comunicação
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O painel “Como construir uma carreira neste novo mundo”, realizado pela ABRH-PR no Viasoft Connect 2020 teve a mediação da Presidente da entidade, Andréa Gauté, e a participação da CEO do Instituto D’Vinci, Tânia Leal, e do Vice-presidente de RH Grupo Volvo na América Latina, Carlos Ogliari.
Logo na abertura, Tânia falou sobre o momento que o país e o mundo vivem com relação ao desemprego e quais as perspectivas das pessoas. “Esse período de incertezas
faz parte de qualquer revolução industrial. As pessoas vão precisar voltar a aprender, para retornar ao mercado de trabalho e as organizações precisarão criar programas para auxiliar as pessoas na mudança profissional”, disse.
Tânia fez um contraponto entre o mercado de trabalho e a robotização, mostrando que há espaços para todos. “Em 2020 teremos 209 mil vagas disponíveis na área de tecnologia e as universidades estão levando ao mercado 46 mil profissionais por ano, o que é muito pouco. As pessoas precisam olhar para essas profissões, pois é um momento de construção de carreira. O mundo mudou e a tecnologia ficou diferente”. Ainda segundo a palestrante, 42% das ocupações que conhecemos hoje estão sendo substituídas por robôs, a expectativa é que em 2025 este número chegue a 65%.
Humanização nas empresas
Carlos Ogliari, Vice-presidente de RH Grupo Volvo na América Latina, fez uma reflexão sobre a cobrança que há nos profissionais em relação as suas competências e o ambiente de trabalho tecnológico. “O mundo fala sobre o que os profissionais devem ter. Falamos em digitalização, automação, transformação, mas discutimos pouco a humanização das empresas, do trabalho e da sociedade. E seja qual for o futuro, não podemos desenhá-lo 100% de precisão, mas podemos influenciar. O que fazemos hoje está influenciando o amanhã”, disse.
Ogliari acredita que a carreira faz parte um bem maior e é um meio para se chegar ao plano de vida pessoal, para se fazer aquilo que deseja fazer. Ele destacou que hoje há três competências fundamentais às pessoas. “A primeira delas é a capacidade de refletir profundamente sobre as coisas e ter opinião própria. Os robôs vão pensar de acordo com aquilo que ensinarmos a pensar. É importante e preocupante, pois há poucas instituições genuinamente preocupadas em nos ensinar a pensar”, afirmou.
A segunda competência, disse Ogliari é a capacidade de aprender. “Não descuidar do seu próprio desenvolvimento, para isso precisamos desconstruir as nossas verdades e ouvir mais”. E, por fim, a capacidade de produzir competências coletivas em redes. “Criar uma rede humana que compartilha o tempo todo competências, que nos complementam e nos ajudam a sermos melhores”.
E arrematou: “tomara que os robôs venham para fazer as coisas chatas e que nos permitam mais tempo para as nossas famílias, nossos amigos, nosso interior. E nós vamos viver como seres humanos”.
Para finalizar, a presidente da ABRH-PR, Andréa Gauté, falou sobre a busca da realização pessoal e da felicidade com as suas próprias escolhas de vida. “Acreditamos no resgate do autoconhecimento, o que faz sentido e qual o propósito. Encontrar o seu local no mercado para exercer a sua vocação. Vamos buscar esses lugares no mercado e sermos felizes nas escolhas de carreira”.