- 23 de outubro de 2024
- Posted by: Adriana Básica Comunicação
- Categories: Atualidades, Cursos, Eventos, Gestão
Evento teve participação da palestrante, repórter e consultora da área da longevidade, Silvia Triboni
Na noite da última terça-feira (23/10), o Grupo de Aprendizado e Conexão – 50+ da ABRH-PR se reuniu para discutir sobre o Idadismo no trabalho e os desafios dos 50+. Mediado pela coordenadora do grupo, Serli Szvarça, o evento em formato online contou com a presença da palestrante, repórter e consultora da área da longevidade, Silvia Triboni.
A discussão teve início abordando o que é o idadismo e como ele se manifesta na sociedade através de atos discriminatórios e estereótipos, sendo considerado o terceiro maior preconceito no mundo. A também diretora da Associação Stopidadismo em Portugal, Silvia Triboni, reforçou a importância de nos questionar sobre o idadismo em relação a nós mesmos e dentro da própria família, antes de avaliarmos no âmbito profissional.
“No que eu posso estar sendo idadista em relação a mim? E em relação ao próximo? Temos que tomar muito cuidado. O idadismo é um preconceito geral em relação a idade, mas pune muito mais as pessoas mais velhas e as mulheres, que sofrem mais do que os homens”, detalhou Triboni ao iniciar a discussão.
Segundo ela, a sensibilização do tema é muito importante para que de fato o preconceito possa acabar. “Se não tiver educação ou se a pessoa não buscar por ela mesma, a mudança não acontece. Acima de tudo é conhecimento”, pontuou.
Desafios para os 50+ no ambiente de trabalho
O idadismo está presente na saúde, na publicidade, nas políticas públicas e, principalmente, no ambiente de trabalho. Durante a reunião, a palestrante Silvia Triboni apresentou uma recente pesquisa realizada em Portugal que demonstra que ⅓ dos portugueses admitem se sentirem discriminados no emprego devido a idade. Ela também relembrou uma matéria da Revista Exame em que um em cada quatro profissionais “trintões” já alegaram sofrer preconceito.
Para ela, o idadismo muitas vezes tem início logo no processo seletivo. Em seguida, os mais experientes começam a não ter acesso ao mesmo tipo de treinamento e/ou capacitação que os mais jovens recebem dentro da empresa. Além da desvalorização e da retirada de responsabilidade para os mais experientes, ainda é bastante comum encontrar empresas com políticas de aposentadoria compulsória.
O grupo também ampliou a discussão de diversidade e inclusão abordado por empresas, no qual muitas vezes o idadismo é praticado. Pensando nos princípios do ESG, Triboni alertou sobre o bluewashing, quando há uma enganação em relação ao S (Social) do ESG (Environmental, Social and Governance) com ações sociais irrelevantes ou que não acontecem.
Segundo a palestrante, não é somente divulgar que há combate ao idadismo. É preciso buscar mentores, palestrantes e professores para primeiro mostrar o que é esse preconceito e em seguida estar apto a montar um plano de ação para implementar práticas que dêem resultados, tais como a mentoria reversa.
“Eu sempre friso que se eu quero ser incluída e respeitada, eu tenho que conhecer os traços positivos de todas as gerações. Eu, baby boomer, sou assim, mas a geração X, Y, Z não. No entanto, eles têm outros valores que nós mais velhos devemos respeitar. É a soma de todas as qualidades das gerações que fazem as equipes campeãs. Aprendizado constante derruba o estereótipo”, finalizou Silvia Triboni.
Texto: Básica Comunicações