- 27 de setembro de 2023
- Por: Adriana Básica Comunicação
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Na noite do dia 19/09 (terça-feira), a ABRH-PR promoveu um encontro online para apresentar ferramentas de gestão de pessoas que utilizam indicadores de percepção para melhorar os processos organizacionais. A “Masterclass Gerindo Pessoas com Indicadores de RH e DHO”, com Mauricio Kraemer e Eros Tuleski, abordou algumas das métricas mais importantes e aplicáveis em organizações de todos os portes.
A mediação da conversa foi realizada pelo presidente da associação, Gilmar de Andrade, que iniciou apontando as mudanças mais recentes na área de gestão de pessoas. “Houve uma época em que o RH era muito preocupado com os fatores motivacionais, então todas as organizações tinham essa preocupação: como eu posso criar estímulos de motivação? Agora, precisamos entender das ferramentas de alguns indicadores que possam trazer métricas capazes de orientar o processo de decisão”, analisou.
Método contemporâneo para usar indicadores
A primeira parte da Masterclass foi conduzida por Maurício Kraemer, especialista em Administração de Pessoas pela UFPR. A partir de 12 macroindicadores selecionados especialmente para a área de RH, Kraemer destacou que, para além dos indicadores numéricos e estatísticos tradicionais, a métrica da percepção traz inputs que tornam o ambiente de trabalho mensurável de forma mais abrangente e resolutiva. “Nesse modelo, nós não pegamos o indicador e colocamos no sistema, fazemos o oposto. Observamos, a partir dos dados, quais são as principais fragilidades, forças e oportunidades que têm efeito sobre a gestão de pessoas. É um método que auxilia o gestor a se servir dos números, ao invés de apenas alimentá-los”, explicou.
Entre os principais ganhos observados com o uso de indicadores de DHO estão a satisfação real do colaborador, percebida em produtividade, e a lucratividade dos acionistas. “Colaboradores satisfeitos, motivados e engajados produzem mais, melhorando a percepção da organização da porta pra fora”, complementou Mauricio.
Na sequência da Masterclass, Eros Tuleski, que é MBA em gestão de pessoas e liderança, apresentou de maneira mais específica como são os dashboards em sistemas de DHO. A partir dos indicadores numéricos estatísticos, o dashboard desenha um mapa de percepção que facilita a visualização dos pontos fortes, fracos e daqueles que precisam de atenção para melhorar. O profissional destacou que nenhuma ferramenta é capaz de substituir a atuação daqueles que estão no dia a dia das organizações: “O RH precisa buscar na fonte da informação a confirmação sobre o mapa de percepção, entender se o que o gráfico mostra está mesmo próximo à realidade do trabalho”, pontuou Tuleski. Ele também destacou os três pilares essenciais para uma gestão eficiente em DHO: diretoria, recursos humanos e gestores de áreas. “Se temos fortalezas em gestão, são essas pessoas que vão contribuir para manter a robustez desses pontos fortes”, disse.
Desafios para médias e pequenas empresas
O presidente da ABRH-PR destacou que, mesmo com métricas e indicadores cada vez mais apurados, nem sempre pequenas e médias empresas conseguem aplicar ferramentas de melhoria de gestão. “Este é um desafio da nossa associação, desenvolver o RH dos negócios menores, que muitas vezes ainda esbarram na construção de uma cultura de gestão”, ressaltou Gilmar.
Tuleski reforçou que esse é um desafio e que o uso de DHO precisa ser adaptado à realidade e à maturidade de cada organização: “Por isso propomos sempre ações de curto, médio e longo prazo, não há uma receita única. Exige um investimento de energia necessário para se construir uma boa gestão de pessoas, temos batido muito na tecla de que esse trabalho diagnóstico precisa ser, antes de tudo, muito simples”.
Para destravar esse processo, a ABRH-PR vai oferecer, em parceria com a Pro Ensino Brasil, um curso piloto sobre indicadores DHO. O curso deve acontecer em novembro, na ESIC, e terá carga horária de 16 horas, sendo 2 dias presenciais e 2 dias remotos. O curso terá certificação e dará uma base segura e soólida para os profissionais de RH compreenderem melhor a combinação entre indicadores numéricos estatísticos e indicadores por percepção. “Independentemente do tamanho da empresa, os participantes vão entender que essa ferramenta é uma provocação para a própria empresa, um convite para dar os primeiros passos rumo a ações transformadoras, encerrou Maurício.