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O que nos espera em 2023? ESG Talks aborda perspectivas para as organizações com pautas ESG e o cenário político-econômico do Brasil

A ABRH-PR encerrou os eventos presenciais de 2022 com um encontro de alta relevância para os negócios. O “ESG Talks: sua empresa está preparada para o futuro?” aconteceu no dia 7 de dezembro, em Curitiba, em parceria com a Ora – Estratégia, Inovação e Governança e com a Exame Academy. O presidente da ABRH-PR, Gilmar Silva de Andrade, iniciou o evento agradecendo aos participantes: “Fizemos muitos eventos ao longo deste primeiro ano de gestão, ampliando a nossa atuação em Curitiba e região metropolitana e inaugurando unidades em Londrina e Cascavel”.

Em seguida, Gilmar chamou ao palco a presidente do Conselho – Núcleo Paraná da International Coaching Federation (ICF), Ana Elisa Mussi e José Roberto Barros Filho, vice-presidente da ICF Brasil. A organização assinou um termo de parceria com a ABRH-PR. “A associação é uma referência para nós em atuação e em compartilhamento de conhecimento, firmar essa parceria nos enche de orgulho e esperamos trazer ainda mais profissionalismo para a atuação do coach”, ressaltou Ana Elisa. A ICF está presente em 140 países, tem 55 mil membros associados e sua missão é compartilhar boas práticas na área de preparação de pessoas.

A abertura do evento contou ainda com uma menção ao novo patrocinador da gestão 2022-2024 da ABRH-PR, Magicel, e uma apresentação da Ora; feita pelos sócios- fundadores Cristiano Venâncio e Marco Aurélio Silveira.

ESG não é modismo

A primeira palestra do “ESG Talks” foi conduzida por Renata Faber, Head ESG da Exame e Top Voice do LinkedIn. Ela falou sobre o crescimento das pautas ESG nas corporações, o momento de transição do capitalismo, onde os stakeholders passam a ocupar papel central nas decisões estratégicas. “Por muitas décadas o que guiou o capitalismo foram as decisões internas e a sustentabilidade não era uma pauta de destaque. Está cada vez mais claro que para o mundo ser sustentável, precisa existir um compromisso efetivo das empresas”, disse Renata. Ela destacou que essa nova relação é positiva tanto para os negócios quanto para os diversos públicos: colaboradores, clientes, fornecedores e sociedade em geral.

Ainda que o tema ESG tenha tomado corpo nos últimos anos, Renata pontuou que não se trata de um modismo. Ela falou sobre a materialidade das ações de ESG dentro de um negócio – as práticas devem estar alinhadas àquilo que a empresa produz. “Quando a gente pensa em ESG, tem que entender o que é material para o seu setor – não adianta realizar ações só para ticar caixinhas”. A head ESG da Exame destacou, ainda, que as pautas ESG acontecem naturalmente em empresas que já têm políticas claras de governança: “O ambiental e o social não acontecem sozinhos, a governança sim, então o G é o ponto de partida da sigla”.

O segundo palestrante do evento, Bruno Ferrari Salmeron, não pôde estar presencialmente no encontro, mas mandou uma mensagem em vídeo aos participantes: “Me sinto honrado pelo convite e assumo o compromisso de que, em breve, nos encontraremos para debater essa pauta tão importante”.

Perspectivas otimistas para 2023

Em seguida, foi a vez de Daniel Alberini, economista, sócio e fundador da CTM Investimentos e conselheiro de empresas. Ele trouxe um overview do cenário econômico mundial, destacando acontecimentos que impactaram as relações comerciais entre países – iniciando pela pandemia da covid-19, que iniciou na China. O país é o único que ainda permanece com a política covid zero, restringindo a circulação de pessoas, fechando centros logísticos e, assim, afetando a cadeia mundial de insumos, exportação e importação. “Estamos vivendo em um momento muito complexo, mas as perspectivas racionais são bastante otimistas”, disse Alberini. Ele destacou que, a médio prazo, a retomada das atividades de consumo na China será positiva economicamente para todos os países, num movimento similar ao que aconteceu no Brasil com o fim das restrições da pandemia.

Durante a palestra, o economista falou ainda sobre os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia, o cenário de inflação que afeta os Estados Unidos e as consequências deste cenário na demanda por energia, petróleo e outros insumos essenciais para a sociedade. “Haverá uma necessidade muito grande por commodities, e o Brasil é um dos principais exportadores mundiais de soja, grãos, milho, entre outros”, sinalizou. O cenário de transição de governo foi outro tópico destacado pelo palestrante – apesar da instabilidade de pensamento provocada pela polarização nas eleições, uma análise dos últimos anos permite compreender que a economia brasileira pode crescer bastante já no segundo semestre de 2023. “Muitas pessoas me procuram querendo investir dinheiro fora do nosso país, eu costumo dizer que não é necessário, que nada vai mudar amanhã. Vamos continuar nossa vida normalmente, e ao longo dos meses um novo momento econômico vai se desenhar”, ressaltou.

O ESG Talks também foi o momento em que o presidente da ABRH-PR lembrou os participantes sobre os planos da associação para 2023, com destaque para o CONPARH (Congresso Paranaense de Recursos Humanos) e para os planos de expansão, com a previsão de inauguração de uma sede em Foz do Iguaçu. “Estamos cumprindo a missão da ABRH-PR, que é atender não somente Curitiba, mas todo o Paraná”, disse.